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Você conhece a situação do Brasil em relação aos feminicídios?



“Sou mulher, negra e favelada”: o legado de Marielle Franco


O Ministério Público do Brasil condenou, faz alguns dias, o ex-policial militar Ronnie Lessa e mais quatro pessoas pelo crime de destruição de provas no assassinato de Marielle Franco. Uns dias antes de ser assassinada, Marielle publicou na sua conta de Twitter, em relação ao homicídio de um jovem negro pela polícia: “Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra acabe?”. Embora todas as hipóteses apontem que foi um crime político, ainda não há justiça por seu feminicídio.


A reclamação internacional por justiça após sua morte ainda continua. A vereadora do Rio de Janeiro e o motorista do carro que a levava foram assassinades em 2018 em um tiroteio ainda em investigação.


A socióloga era conhecida por suas denúncias contra a violência institucional e suas críticas à intervenção federal na segurança da sua cidade. Ela também foi presidente da Comissão de Mulheres da Câmara. Era uma fervorosa ativista feminista e antirracista. Após sua morte, sua parceira começou a receber ameaças e solicitou proteção a organismos internacionais.


Marielle cresceu em uma favela. O homicídio de uma amiga, em meio de um tiroteio entre a polícia e narcotraficantes, despertou em Marielle a necessidade de lutar contra a desigualdade e a militarização.


Cinco meses após seu feminicídio, a Câmara Municipal da cidade do Rio de Janeiro aprovou cinco projetos de lei que foram impulsionados por Marielle. Entre eles, destacam-se o programa de espaço infantil noturno para acolher crianças enquanto seus responsáveis trabalham ou estudam, a instauração do Dia da Mulher Negra e uma campanha permanente de conscientização e enfrentamento ao assédio e violência sexual em espaços públicos e transporte coletivo.


Nem pense em me matar: as feministas brasileiras contra os feminicídios


O número de feminicídios tem crescido diariamente no Brasil. O quinto país do mundo em tamanho é também um dos primeiros da América Latina com maior quantidade de assassinatos cometidos contra mulheres. Segundo Afroféminas, calcula-se que a cada duas horas e meia a violência machista mata uma mulher no país.


Durante o primeiro semestre de 2020, 648 mulheres foram assassinadas em total, a maioria delas negras. Nesse contexto e, perante as políticas de ódio às minorias do governo de Jair Bolsonaro, em maio deste ano as principais organizações feministas brasileiras se organizaram para exigir #NemUmaAMenos.


A campanha, chamada #NemPenseEmMeMatar, consistiu na criação de um manifesto que exige que o Estado assuma a responsabilidade nos feminicídios: conseguiram mais de 27.000 assinaturas. Desde 2015, o Brasil tem a tipificação do crime de feminicídio no código penal. Porém, na prática, as estatísticas de assassinatos por violência de gênero não se reduzem.


Novidades da Tradoctas em julho


Com o objetivo de nos aproximar do Brasil, a partir desta semana o nosso site vai estar disponível em português. No nosso site poderão encontrar informação sobre nossos serviços, amostras de trabalho nas nossas áreas de especialização e a experiência profissional das sócias.


Na mesma linha, também estamos felizes de compartilhar com vocês que, faz algumas semanas, Lía e María Leticia participaram do #Abrates2021. Elas se focaram nas palestras relacionadas com o trabalho da Tradoctas para conhecer as reflexões e pesquisas atuais da prática profissional da tradução no âmbito de um congresso internacional.


Salientaram a importância que o @abrates_ conferiu para a linguagem não binária e cumprimentam as colegas que apresentaram seus trabalhos nesse sentido, já que é um assunto de relevância na prática profissional diária.


Finalmente, a Tradoctas, como testemunha e protagonista destas estratégias de visibilização das comunidades minoritárias no debate, celebra a inclusão dessa temática em congressos de associações profissionais.


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